Quem pode colocar prótese de joelho? Veja os critérios médicos

Entenda quando a cirurgia é indicada, quem realmente se beneficia e como se preparar para ter um resultado seguro.

Quem pode colocar prótese de joelho?
Quem pode colocar prótese de joelho?

Quem pode colocar prótese de joelho? A resposta passa por uma avaliação completa do ortopedista, que leva em conta dor, limitação no dia a dia, exames e saúde geral. A cirurgia não é para todos.

Ela costuma ser indicada quando o desgaste da articulação está avançado e os tratamentos simples já não resolvem. A decisão é individual. O objetivo é aliviar a dor, melhorar o movimento e devolver autonomia para atividades comuns, como caminhar no quarteirão, subir escadas, dirigir e dormir sem acordar por incômodo.

Antes de pensar em prótese, o médico tenta medidas conservadoras. Isso inclui remédios, fisioterapia, perda de peso, palmilhas, mudanças de rotina e infiltrações. Se a pessoa continua sofrendo, com dor diária que atrapalha tarefas básicas, a conversa sobre a cirurgia ganha força.

Exames como raio-x e ressonância ajudam a medir o grau de artrose, deformidades e o espaço entre os ossos. Não é só um número no laudo. O médico cruza os achados com a história do paciente e o impacto real na vida. A idade conta, mas não é uma barreira fixa. Há pessoas com mais de 70 anos que se recuperam muito bem.

Também existem adultos mais jovens, com desgaste severo ou sequelas de lesões, que podem ser candidatos em situações específicas. O ponto central é somar benefícios e riscos. O corpo precisa ter condição de passar pela cirurgia e pela reabilitação.

Segundo a análise de um médico especialista em prótese do joelho em Goiânia, controlar pressão, diabetes e parar de fumar melhora a cicatrização e reduz complicações. Quem pergunta “quem pode colocar prótese de joelho” precisa ouvir uma análise honesta sobre expectativas, rotina e comprometimento com a fisioterapia.

Critérios médicos principais

Os critérios mais usados na prática clínica formam um conjunto. O ortopedista não decide por um único item isolado. Veja os pilares dessa decisão:

1) Dor persistente e incapacitante. Dor quase todos os dias, que limita caminhada curta, atrapalha o sono e impede atividades simples, indica que a articulação perdeu a função. Analgésicos e anti-inflamatórios deixam de fazer efeito ou só aliviam por pouco tempo.

2) Falha do tratamento conservador. Fisioterapia bem conduzida, fortalecimento de coxa e quadril, ajustes de rotina e perda de peso foram tentados por tempo suficiente e não bastaram. Infiltrações ajudam por alguns meses, mas a dor volta forte.

3) Artrose avançada no exame de imagem. Radiografias mostram estreitamento do espaço articular, osteófitos (bicos de osso) e deformidades, como joelho varo (em “O”) ou valgo (em “X”). Ressonância pode complementar em casos duvidosos.

4) Limitação funcional clara. Subir ônibus, agachar para amarrar o tênis, entrar e sair do carro, levar uma sacola do mercado, tudo vira um desafio. A pessoa reduz passeios, hobbies e perde convívio social por causa da dor.

5) Saúde geral controlada. Hipertensão, diabetes, problemas cardíacos e renais precisam estar estáveis. Infecções ativas adiam a cirurgia. Tabagismo eleva o risco de infecção e atraso de cicatrização, por isso o ideal é interromper antes do procedimento.

6) Expectativas realistas e adesão à reabilitação. A prótese alivia dor e melhora o movimento, mas não transforma o joelho em um “joelho novo de adolescente”. Compromisso com a fisioterapia é essencial para recuperar força e amplitude.

Quem costuma se beneficiar

Perfis comuns de bons candidatos incluem pessoas com artrose primária do joelho após os 60 anos, pacientes com deformidade significativa e dor diária que impede caminhar uma quadra, e adultos mais jovens com desgaste secundário a fraturas antigas, lesões de ligamentos ou menisco, quando outras cirurgias já falharam. Em todos esses casos, o ganho esperado em dor e função supera os riscos.

Quando a prótese pode esperar

Há situações em que a prótese não é a primeira escolha. Se a dor é leve, aparece só em esforços maiores e melhora com fortalecimento e ajustes de treino, vale insistir no conservador.

Quem tem sobrepeso importante costuma melhorar muito ao perder alguns quilos, pois cada passo transmite múltiplos do peso corporal ao joelho. Também é possível adiar cirurgia se uma infiltração com ácido hialurônico ou corticóide ainda entrega meses de alívio e manutenção da rotina.

Quem não deve operar agora

Alguns cenários pedem pausa e correção antes de pensar em prótese. Infecção ativa em qualquer lugar do corpo, ferida na pele próxima ao joelho, diabetes descompensado, pressão muito alta sem controle e tabagismo pesado elevam riscos.

Doenças cardíacas sem avaliação recente também exigem liberação do cardiologista. Expectativas irreais, como querer voltar a corridas de impacto, indicam a necessidade de alinhar objetivos com o médico.

Idade, peso e atividades: o que considerar

Idade. Não há “idade mínima” rígida. Pacientes jovens só entram na indicação quando o desgaste é grande e a dor impede trabalhar e viver com qualidade. A decisão leva em conta que próteses têm vida útil e podem precisar de revisão após muitos anos.

Peso. O IMC alto aumenta carga sobre a prótese e risco de complicações. Em vários casos, perder peso melhora tanto a dor que a cirurgia deixa de ser urgente. Quando a prótese segue indicada, o preparo inclui plano de emagrecimento e fortalecimento.

Atividades. Caminhar, pedalar, nadar e musculação orientada geralmente estão liberados após a recuperação. Esportes de impacto e saltos constantes não são recomendados. A regra é proteger a prótese e manter condicionamento.

Como é o preparo para a cirurgia

O caminho seguro começa com consulta detalhada, revisão de exames e checagem clínica. O médico solicita avaliação pré-operatória, ajusta remédios, orienta parar de fumar e organiza o plano de fisioterapia.

Em casa, vale preparar itens para facilitar os primeiros dias: elevar o assento do vaso, retirar tapetes soltos, garantir um lugar firme para sentar e apoiar. Quem trabalha programa o retorno gradualmente, de acordo com a função.

O que esperar do resultado

A maioria sente grande redução da dor nas primeiras semanas e melhora progressiva de movimento nos meses seguintes. Caminhada cotidiana e tarefas simples tendem a voltar cedo.

Agachar profundo e ajoelhar pode ficar desconfortável em alguns casos, o que não significa falha. Prótese bem indicada oferece alta satisfação e devolve autonomia. O sucesso depende da cirurgia, da reabilitação e dos cuidados de longo prazo, como manter peso saudável e fortalecer a musculatura.

Resumo prático para decidir

Se você repete a pergunta “quem pode colocar prótese de joelho” porque convive com dor diária, sente perda de mobilidade e já tentou de tudo sem alívio duradouro, vale marcar avaliação com ortopedista especialista em joelho.

Leve seus exames, conte sua rotina, descreva o que mais limita sua vida. O médico vai checar se os critérios estão presentes e se sua saúde geral permite uma cirurgia segura. A decisão é compartilhada e foca em qualidade de vida. Quando bem indicada, a prótese é um passo para voltar a andar com confiança e retomar atividades que fazem falta no seu dia.

Perguntas comuns

Dói muito no pós-operatório?

Existe dor controlável com medicação e técnicas de anestesia modernas. O objetivo é permitir fisioterapia precoce com segurança.

Quanto tempo para voltar a dirigir?

Geralmente entre 4 e 6 semanas, variando conforme o lado operado, o tipo de carro e a evolução na recuperação.

Prótese dura quanto tempo?

Muitos dispositivos passam de 15 anos com bons cuidados. Idade, peso, atividade e técnica influenciam essa durabilidade.